quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Beabá da Marcação a Mercado - Inicio do estudo das características do TD

Muito boa noite! Prezados Senhores de Ilibada Conduta.

Me perdõem pela ausência, meu trabalho tem me consumido bastante, me pagando relativamente pouco por isso, mas sendo gratificante ainda. Tenho projetos pessoais tocando como adiantei e não tenho a capacidade igual a de colegas da Blogosfera que conseguem fazer mil coisas ao mesmo tempo, confesso que sou bem limitado rsrsrs

Eu sei que parece um assunto batido para muitos, mas para outros não é, e eu gostaria de dar a minha visão sobre o investimento em TD, afinal foi um dos meus primeiros passos em investimentos, muita gente falou sobre o assunto por aqui (e com maestria, tem coisa muito boa que dá uma surra em várias 'Assets por aí)... mas para isso eu vou dar uma breve pincelada sobre Marcação a Mercado para iniciar. 

Muitos investidores já devem ter se surpreendido vez ou outra abrindo o seu extrato e vendo um Fundo ou um título com rentabilidade negativa e devem ter se questionado sobre o sentido do termo "Renda FIXA"

Em fundos de investimentos, a marcação a mercado foi oficialmente regulamentada em 2002 com a circular 3086 do BACEN, determinando novos critérios para registro e contabilização de ativos integrantes nas carteiras dos fundos de investimentos.

Embora a marcação a mercado já existisse, antes da regulamentação era permitido aos gestores dos fundos realizar a marcação dos ativos pelo preço de aquisição, praticamente ignorando o valor real, exemplo: Determinado gestor adquiriu 10 unidades de um ativo ao preço de R$10,00, passando alguns dias, o ativo está sendo negociado ao preço de R$5,00.

Realizando a marcação a mercado, o valor total do fundo seria de R$50,00 (10 unidades de R$ 5,00 cada), mas era permitida a marcação a preço de aquisição, portanto o fundo estava com as 10 unidades no preço total de R$100,00, NÃO REFLETIA O REAL VALOR dos ativos negociados no mercado.

Nessa situação, se todos os cotistas desse fundo realizassem um resgate total dos valores aplicados, o gestor teria que vender o ativo no preço de mercado, e somente no resgate os cotistas receberiam a notícia do real valor de seu investimento.

O principal motivo da adoção dessa prática é evitar a transferência de valor entre os cotistas, em um exemplo simples, consideramos que um investidor seja bem informado e ao saber que o preço real de um ativo está mais baixo, ele poderia solicitar o resgate ao fundo, se caso o gestor tenha que se desfazer do ativo, este seria vendido ao preço de mercado (menos que o marcado na carteira) e haveria um impacto negativo na cota do fundo para os demais cotistas, o bem informado teria seu valor em conta sem prejuízos, afinal tal prejuízo foi 'parcelado' pelos demais. (e pago!)

É importante destacar então que a Marcação a mercado trouxe maior segurança ao mercado, com menor assimetria de informações entre os agentes. Por fim vale ressaltar que por mais que a marcação a mercado traga maior oscilação de preços durante a vida do ativo, caso ele seja mantido até a data de vencimento, o valor do investimento será mantido de acordo com a taxa pactuada no momento da compra.

É a partir daqui que o próximo post se iniciará (=

Até logo o//

AA

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